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Foto do escritorJoana

Vintage for a Cause

Hoje falamos de sustentabilidade, tocando no "ponto sensível" de muitas mulheres: roupa. Quantas de nós se perdem por montras cheias de trapinhos que nos piscam o olho, pedindo que as compremos e levemos para casa. Muitas mulheres são o suprassumo da sustentabilidade, mas quando chega a hora da roupa, nem sempre conseguem ter conhecimento de quanto desperdício foi criado para que aquela peça chegasse ao seu armário. Trazemos, hoje, a solução para muitas dessas questões.


A Vintage for a Cause trás um conceito sustentável à moda, e de uma forma muito original e inclusivo. Não conhecíamos, mas ficámos muito interessadas nesta forma de reutilizar, com muita pinta. Quer saber mais? Ora aqui vai...


"A Vintage for a Cause não é sobre roupa, é sobre transformação.


Desde 2012 acreditamos que a roupa não é o único propósito do nosso trabalho, mas é aquilo que justifica a nossa existência, ou seja, nós somos Vintage for a Cause!


A partir dos nossos produtos temos a oportunidade de gerar impacto positivo na sociedade e fazer a nossa voz chegar a um número maior de pessoas. Somos uma marca de roupa com impacto social e ambiental, que produz roupas intemporais feitas a partir de desperdício têxtil. O nosso propósito é reduzir o impacto negativo da indústria da moda quer no ambiente quer na sociedade, influenciando para isso todos os stakeholders e agentes na cadeia de valor a inserirem práticas mais circulares e responsáveis nos seus modelos de negócio e dia-a-dia.


A nossa história começa em 2012, pelas mãos da Helena Antónia Silva numa pós graduação em empreendedorismo e inovação social, onde a Vintage for a Cause nasce como uma solução para diminuir o isolamento e exclusão social identificado nas mulheres acima dos 50 anos fora da vida ativa, que tendem a ser a maior parte da população inativa. Através do que designamos “From Granny to Trendy”, criamos clubes de costura onde aquele público tem uma oportunidade de desenvolver a sua aprendizagem ao longo da vida, uma nova rede de suporte social e a própria criatividade através de workshops de upcycling. O desafio proposto às senhoras é o de transformar uma peça de roupa, porém a transformação mais surpreendente acontece em suas vidas. As senhoras desfilam as suas criações como o resultado de uma profunda transformação na forma como percecionam o seu valor. Percebemos que a nossa maior motivação não é a roupa em si, mas o que ela representa!


Neste sentido é relevante falar sobre moda. A indústria da moda e têxtil movimenta grande parte da economia global, e é uma das indústrias que mais gera emprego para mulheres. Apesar disso, é considerada uma das mais poluentes e prejudiciais ao meio ambiente, com condições de trabalho muitas vezes precárias e mal remuneradas. As profundas contradições fizeram-nos questionar como podemos fazer roupa e ao mesmo tempo gerar impacto positivo, ou seja, fazer roupas que transmitam o que acreditamos e queremos de melhor para a sociedade.


O nosso modelo de negócio baseia-se em parcerias com empresas têxteis, organizações e pessoas que acreditam que podemos alterar o modelo de produção e consumo vigente para um paradigma que respeita o ambiente e as pessoas. As peças são confecionadas por costureiras sénior, experientes, acima dos 50 anos (contactos formados durante os workshops de costura!) por terem o know-how necessário para lidar com os constrangimentos da reutilização de excedentes. Nossas coleções são feitas com stock da indústria têxtil portuguesa e são produzidas em pequena escala, normalmente por encomenda. Somos uma marca pequena, e desde que começamos já conseguimos reutilizar cerca de 2,3 toneladas de tecidos desperdiçados, o que poupa até 1,1MI L de água que podemos beber e evita 26M KG de emissão de CO2 na atmosfera. Isso nos faz pensar no impacto que poderíamos causar se toda a indústria privilegiasse a circularidade.


Mas o ónus da transformação não cabe apenas à indústria. Todos somos seres ativos e podemos fazer parte de uma mudança regenerativa que distribui o rendimento em cadeias de valor mais curtas e humanizadas. O sociólogo alemão Simmel escreveu que as roupas são uma extensão dos nossos corpos. Dito isto, que tal questionar e perceber qual o impacto daquilo que escolhemos. É essencial apreciar não apenas a estética de nossas roupas, mas principalmente o propósito e os valores que transmitem.


As transformações só são possíveis coletivamente. Prontos para vestir uma causa?"


Vintage for a Cause



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