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  • Foto do escritorCarlita

Estou em depressão. E agora?



Depressão, estar deprimido, ver tudo escuro, ser invadido por uma tristeza sem explicação, estar alheado do que se passa, só querer dormir, sentir uma profunda apatia, o que lhe quiserem chamar...

Só não sabe o que é isso, quem, felizmente, nunca experienciou este sentimento.


Não sou psiquiatra, nem psicóloga, nem nada parecido, mas tenho o conhecimento necessário para escrever sobre isto, porque estou do lado dos que travaram de frente esta batalha.


Demorei cerca de 2 anos a admitir que precisava ajuda, desci os degraus todos que haviam para descer, até aceitar e perceber que ou era ajudada ou era ajudada. O mesmo registo não era mais suportável.



Percebi, assim, que não é preciso ter vergonha, não é preciso esconder, e daí tentarmos desmitificar o tema da saúde mental. Se partes um pé, até te fazem dedicatórias no gesso, mas se não estás bem tens de esconder, porque não queres ser fraco/a, não queres que tenham pena. Porque? Para que?


A depressão é uma perturbação mental, tem vários níveis, vários estágios e consoante isso, a ajuda e medicação deve ser ajustada e pedida.


Eu tomo medicação há mais de 1 ano, tenho plena convicção que um dia quero livrar-me dela, mas há que fazer o caminho. E qual o problema em admitir? Nenhum, só o estigma da nossa sociedade e a importância, nada importante, que damos à opinião de terceiros.


Por aquilo que passei, ainda tenho muito para escrever, principalmente sobre questões relacionadas com a amiga ansiedade, mas com medicação, com psicoterapia, tudo é possível e, quase tudo reversível, desde que tenhamos força de vontade para tal.


O que queria deixar acima de tudo, bem SALIENTE, é que não estão sozinhos, peçam AJUDA, há sempre alguém a quem recorrer, familiares, amigos, conhecidos, não se deixem vencer pela tristeza.


Eu estou aqui para ajudar. Vamos levantar a cabeça e seguir em frente?

Nós estamos aqui.




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