Hoje celebra-se o Dia Mundial da Liberdade de Pensamento. Dia de refletirmos sobre nós próprios e a nossa realidade. Será que pensamos livremente?
Nunca pensei de forma muito "normal". Pelo menos, sempre pensei de forma diferente dos demais. Talvez seja estranho, mas a verdade é que o que me parecia comum a mim, não o era para os restantes, e o que era habitual para os demais, não me parecia interessante. As séries que via, geralmente eram as que ninguém gostava. Em criança, o que gostava de ver o telejornal. Os hábitos das meninas adolescentes, não me pareciam minimamente interessantes. Hoje, quase aos 30 anos, idade que muitos consideram mais que tardia para "assentar", parece-me que tenho coisas muito mais interessantes para fazer. Sou uma jovem. Talvez a maioria não pense assim, mas eu penso, é o que interessa.
O que a sociedade pensa, não tem necessariamente de ser o que pensamos. O que acontece normalmente, é que muitas pessoas substituem os seu ideais pelos ideais da sociedade que os rodeia, e quem não o faz, não é compreendido e é considerado "estranho".
Felizmente, considero que nos dias de hoje, e cada vez mais, existe uma maior quantidade de pessoas a dar verdadeira importância à forma como pensam, e baseiam as suas decisões e a sua forma de vida nesses ideais. Não veem outra hipótese para a sua felicidade, o que considero muito positivo. Cada vez existem mais mulheres que não seguem a ideia da mãe de família e dona de casa, e pensam mais além, seguindo os seus sonhos. Mais pessoas casam apenas se e quando lhes faz sentido, não o fazendo apenas para cumprir mais uma tarefa, e pensando na sua verdadeira felicidade. Nesta pandemia, muitas foram as pessoas que se reinventaram, e tiveram ideias brilhantes e completamente loucas, que deram certo. Todos temos tudo para dar certo.
No meu caso, não posso dizer que seja fácil assumir uma forma diferente de pensar, e enfrentar as reações dos demais. Seria sempre mais fácil seguir uma qualquer lista invisível que nos empurra na direção "certa" de ser e estar. Não seria julgada, estranhada, por vezes até humilhada, só por não seguir o "regulamento". Enquadrar-me-ia sempre e seria levada em conta. No fundo, seria incrivelmente infeliz! Porque não estava a ser eu, e a pensar pela minha cabeça.
O que este dia nos motiva a refletir, é exatamente se estamos a por em prática o que pensamos, o que consideramos correto, e o que nos faz feliz. Ninguém é igual, por isso ninguém tem de pensar igual. Se eu não penso igual a ti, não é por que estou mais errada, apenas estou a ser livre, a ser quem sou. Não nos limitemos. Não coloquemos em causa a certeza do que nos parece correto. Desde que não façamos mal a ninguém, temos todo o direito de pensar o que quisermos. Sem tabus nem barreiras.
Sejamos livres. Em tudo. Principalmente em pensamentos!
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